Brasil e Alemanha podem criar Grupo de Trabalho para estreitar laços comerciais


Brasil e Alemanha avaliaram nesta quarta-feira (17), em reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a criação de um Grupo de Trabalho para discutir investimentos mútuos e a relação comercial entre os dois países. Discutiram o assunto a secretária de Desenvolvimento da Produção, Heloísa Menezes, e o secretário de Estado Hans-Joachim Otto, do Ministério da Economia e Tecnologia da Alemanha.

O grupo, a ser composto por autoridades de governo e empresários, teria como objetivo elencar prioridades dos dois países e focos de interesse em áreas como Defesa, Petróleo e Gás, Naval, Segurança Militar e Civil e Grandes Eventos. A proposta apresentada pelo lado alemão será debatida no governo brasileiro.

Segundo a secretária Heloísa Menezes, o MDIC, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, poderia coordenar o GT pelo lado brasileiro. Ela elogiou a iniciativa. “Um grupo para definir melhor onde podemos desenvolver uma parceria estratégica é muito bem vindo. Podemos pensar em desdobramentos desse grupo na medida em que os focos de interesse sejam mais bem definidos”, sustentou a secretária, ao lembrar experiência exitosa nesse sentido com o Japão.

Há pouco mais de um ano, em maio de 2012, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, assinou acordo de cooperação com o então ministro japonês da Terra, Infraestrutura, Transportes e Turismo, Takeshi Maeda, que previa transferência de tecnologia entre os dois países na área naval. “Esse entendimento já resultou, por exemplo, no desenvolvimento de produtos estratégicos envolvendo empresas brasileiras e japonesas”, assinalou Heloísa.

Hans-Joachim Otto disse que Alemanha e Índia adotaram essa estratégia no aprofundamento das relações bilaterais e que ela já teria rendido frutos na área de prevenção de catástrofes. Com o Brasil, o secretário alemão ponderou que, em setores como o automobilístico, a cooperação se dá entre as próprias empresas sem grande interferência governamental. Mas em outras áreas, como em segurança militar e civil, o apoio dos governos seria importante para criar as “condições políticas” para a cooperação. “Espero que essa visita resulte em novo impulso às nossas relações, aprofundando e melhorando a cooperação entre os nossos dois povos”, disse.

Fonte: MDIC