INB assina acordo para exportação de resíduo industrial

Acordo assinado entre as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a empresa Global Green Energy Science Technology prevê a exportação de quase 16 mil toneladas de torta 2, resíduo proveniente do tratamento químico da monazita, que a INB mantém estocadas em depósitos localizados em Minas Gerais e São Paulo. A exportação, para a China, foi autorizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI).

Esse material é resultante de processos industriais realizados desde a década de 1940, pela antiga usina de Santo Amaro (SP), na exploração das areias monazíticas para a produção de compostos de terras-raras. Trata-se de material radioativo que contém pequena quantidade de urânio (em média 0,9%) e tório.

Como não há previsão para a utilização do tório no Brasil, o tratamento desse resíduo no país não é economicamente viável.

Os termos do acordo assinado em Caldas (MG) nesta quarta-feira (7) determinam que o contrato entre as duas empresas só entrará em vigor quando o material começar a ser transportado. Na ocasião, um evento formalizará a saída dos rejeitos do país.

É em Caldas, onde funcionou a primeira unidade de mineração e beneficiamento de urânio no Brasil, que está estocado o maior volume de torta 2. A retirada desses rejeitos vem sendo reivindicada há muito tempo, tanto pelos moradores no entorno da INB Caldas quanto pelas populações do município paulista de Itu e da capital do estado.

Fonte: MCTI - notícia de 8.8.2013

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