2016: ano dos acordos comerciais

A indústria brasileira tem uma grande necessidade de buscar novos mercados consumidores fora do Brasil, o que só será possível com a assinatura de acordos comerciais. A avaliação foi feita pelo diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, em entrevista à Agência CNI de Notícias. Segundo ele, a negociação de tratados de livre comércio permitirá que as empresas acessem tecnologia e inovação no exterior, aperfeiçoem seus produtos, reduzam custos e aumentem a produção interna.

Para ele, a estratégia brasileira na negociação de acordos deve começar pelo imposto de importação no Brasil. O empresário afirma que o valor, hoje,  é, em geral, alto. E dá a sua receita: "Essa pode ser uma moeda de troca. O Brasil derruba suas tarifas em troca da redução de barreiras não tarifárias, como de padronização de regulamentos e de acordo de investimentos. Devemos negociar novos temas." E prossegue: "A Parceria Transpacífico, por exemplo, incluiu meio ambiente e relações trabalhistas. Nós não precisamos ir a esse extremo, porque o Brasil ainda não tem maturidade para discutir relações trabalhistas, mas é possível começar com outros temas, como compras governamentais, serviços, investimentos, propriedade intelectual e convergência regulatória."

Abijaodi fala do desgaste do Mercosul que, para ele, está obsoleto. "O Mercosul foi criado para ser uma União Aduaneira. Nós ficamos só nas tarifas e no livre trânsito de pessoas. Atualmente está cheio de ex-tarifários, tem gente furando a Tarifa Externa Comum (TEC) toda hora, os países criam barreiras ao comércio... E a solução de controvérsias? Fica por conta dos presidentes das Repúblicas. O Mercosul é uma árvore que se plantou e se não cuidou dela. O Mercosul tem que ser revitalizado, reprogramado, refeito, revisto."

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Fonte: PortoGente