A indústria
brasileira tem uma grande necessidade de buscar novos mercados consumidores
fora do Brasil, o que só será possível com a assinatura de acordos comerciais.
A avaliação foi feita pelo diretor de Desenvolvimento Industrial da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, em entrevista à
Agência CNI de Notícias. Segundo ele, a negociação de tratados de livre
comércio permitirá que as empresas acessem tecnologia e inovação no exterior,
aperfeiçoem seus produtos, reduzam custos e aumentem a produção interna.
Para ele, a
estratégia brasileira na negociação de acordos deve começar pelo imposto de
importação no Brasil. O empresário afirma que o valor, hoje, é, em geral, alto. E dá a sua receita:
"Essa pode ser uma moeda de troca. O Brasil derruba suas tarifas em troca
da redução de barreiras não tarifárias, como de padronização de regulamentos e
de acordo de investimentos. Devemos negociar novos temas." E prossegue:
"A Parceria Transpacífico, por exemplo, incluiu meio ambiente e relações
trabalhistas. Nós não precisamos ir a esse extremo, porque o Brasil ainda não
tem maturidade para discutir relações trabalhistas, mas é possível começar com
outros temas, como compras governamentais, serviços, investimentos, propriedade
intelectual e convergência regulatória."
Abijaodi
fala do desgaste do Mercosul que, para ele, está obsoleto. "O Mercosul foi
criado para ser uma União Aduaneira. Nós ficamos só nas tarifas e no livre
trânsito de pessoas. Atualmente está cheio de ex-tarifários, tem gente furando a
Tarifa Externa Comum (TEC) toda hora, os países criam barreiras ao comércio...
E a solução de controvérsias? Fica por conta dos presidentes das Repúblicas. O
Mercosul é uma árvore que se plantou e se não cuidou dela. O Mercosul tem que
ser revitalizado, reprogramado, refeito, revisto."
Para ler
a entrevista completa clique aqui.
Fonte:
PortoGente